Quem sou eu

Minha foto
Professora, amiga, filha, esposa, mulher e agora: MÃE! Amo a vida e desfruto de tudo que ela me oferece com paixão! Gosto do sol, do mar,da chuva, da terra... Rabisco aqui alguns sonhos e realidades, alguns momentos de verdade com um pouco de poesia e saudade!
"Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só... Mas sonho que se sonha junto é realidade"!
R. Seixas

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A galinha

A visita de uma querida amiga, muitas conversas e lembranças madrugada afora... Inspiração!

      Era um sol do meio dia, um calor comum para a cidade de Assis, abafado! Voltávamos da faculdade, como sempre, de bicicleta, Ana e eu. Seguíamos para nossa república, cansadas, depois de um período de aula. Pedalávamos forte e cansadamente rumo a nossa casa, onde uma pia de louça nos aguardava e a fome pedia pressa no preparo da comida: arroz, feijão, misturas à parte e salada...


      As quatro moradoras da república dividiam um espaço na cozinha e seis bocas de um velho fogão bege: Aline, Amanda, Ana e Marol. Nossa casa era grande e muito velha, tacos soltavam-se do chão, canos entupiam com certa frequência, o forro era de madeira, a casa ficava nos fundos de um escritório comercial.

      Preparávamos a comida quando a campainha tocou, Ana correu para atender, qual foi a surpresa quando ela olhou: não havia viva alma, pelo menos foi o que pensou por um breve instante... De repente, olhou para baixo: galinha... preta... gordaaaaaiiiii.

      Bateu a porta e bateu em retirada! Ofegante contava o que tinha visto: uma galinha preta gorda e um jarro de barro com água, a galinha sentada confortavelmente na porta! Ana gritava que era macumba, com certeza! Havia uma garota na turma de Marol que não gostava dela e era metida a bruxa! Ana sabia do que estava falando! Só podia ser! Por isso acordou estranha hoje, com a sensação de que algo estava por vir! Não se enganava! Agora já se imaginava atropelada por um caminhão na movimentada D. Antonio, avenida da faculdade.

      Todas saímos para ver a inusitada visita e o mistério maior sem explicação: quem tocara a campainha¿ Isso era impossível e estranho! Nessas, lá se foi o almoço, ninguém tinha fome. Marol achava muito fundamento no pensamento de Ana, pois conhecia a tal “bruxa”, todas consideramos a possibilidade e resolvemos combater o “mal” que se instaurara em nossa casa! Com certeza, galinha preta, boa coisa não havia de ser...

      Unimo-nos no colchão que usávamos de sofá, fazendo uma corrente de oração, acendemos velas, lemos a bíblia, pedimos com louvor. Subitamente, um vento forte apagou as velas! Oramos mais forte! A campainha tocou novamente, ecoando seu blééémmmm pela casa e nos dando um baita susto! Ninguém queria abrir a porta! E se a maldição fosse voltada para quem abrisse a porta¿! Eu hein! Ficamos nesse impasse e ninguém teve coragem! Mas a janela do quarto de Aline dava para a garagem, então, Marol olhou pela janela para ver quem era... Viu agora a galinha e mais três pintinhos... A coisa tinha piorado! Tomado proporções maiores! Será que a galinha significava maldição para a Ana e os pintinhos para nós três¿ E agora¿ Até quando estaríamos impedidas de sair de casa¿ Reféns da dona galinha e de seus três pintinhos¿
Até que alguém enfiou a cabeça na janela e disse “oi”, pulamos de susto!

      Era o funcionário do escritório, ele explicou que a dona do escritório colocou um jarro de água para a galinha e recolheu-a na garagem, pois esta havia se perdido e quase fora atropelada. Eu nem sabia que galinha bebia água!

      Resolvido o mistério, resolvemos almoçar, afinal de contas, a comida já esfriava e nossa fome voltou. A mamãe galinha pode seguir com seu rumo e seus pintinhos...

      O melhor de tudo isso foi a reunião sobre o sofá-colchão, que nos rendeu depois belas gargalhadas...

Amanda Giovanelli

Um comentário:

  1. MUITOOOOO BOMMM!!!

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    TÔ CHORANDO DE RIR! FICOU DEMAIS!
    QUE SAUDADE!!!
    BEIJOS

    ResponderExcluir